Os cientistas da Universidade de Ciências e Tecnologias da Agricultura e Silvicultura da China conseguiram clonar com sucesso três "super vacas" leiteiras capazes de produzir 18 toneladas de leite por ano, 170% acima da média produzida pelos mesmos animais nos Estados Unidos da América.
Os três vitelos nasceram na região de Ningxia, na China, pouco antes do Ano Novo Lunar, a 23 de janeiro, de acordo com os meios de comunicação chineses. Os cientistas criaram 120 embriões clonados através das células das orelhas de vacas da raça Holstein Friesian, altamente produtivas e originárias dos Países Baixos, e implantaram-nos noutras vacas.
Este tipo de bovinos é capaz de produzir 18 toneladas de leite por ano, podendo mesmo chegar a produzir 100 toneladas ao longo da vida. Isto é 170% acima da média produzida pelos mesmos animais nos Estados Unidos, de acordo com dados do país. Este avanço científico significa que a China poderá diminuir a dependência dos países estrangeiros, uma vez que 70% das vacas do território para a produção de laticínios são importadas do estrangeiro, segundo o "Global Times".
Jin Yaping, o cientista líder deste projeto, considerou o nascimento das "super vacas" um "avanço" que permitirá à China preservar os animais mais produtivos "de uma forma economicamente viável", de acordo com o "El Mundo". Serão precisos "dois a três anos para construir uma manada de mais de mil 'super vacas' como uma base sólida para contrariar a dependência da China de vacas leiteiras estrangeiras", que ajudará também a contornar o risco de rutura do abastecimento.
Em muitos países, incluindo os Estados Unidos, os agricultores criam clones de animais convencionais para acrescentar determinadas características, relacionadas com a elevada produção de leite ou resistência a doenças. A China também tem feito progressos significativos na clonagem de animais e ainda no ano passado uma empresa criou o primeiro Lobo-do-ártico clonado do mundo.