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Autor Tópico: Professores em greve alertam que a escola pública "está a morrer"  (Lida 183 vezes)

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Offline Nelito

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De cartazes na mão e a entoar cânticos reivindicativos, os professores do Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano, no Porto, uniram-se à greve de docentes que tem vindo a marcar o arranque do segundo período letivo. Na manhã desta segunda-feira, dezenas de professores concentraram-se à porta da Escola Pires de Lima para expor as suas frustrações com o rumo que o Governo tem dado ao ensino. À tarde, o protesto será junto à Escola Ramalho Ortigão. A maioria dos alunos do agrupamento, garantiram ao JN, estão sem aulas. Os professores alertam que escola pública "está a morrer".

"Estamos a ficar saturados. A nossa profissão tem sido atacada como nunca vimos. Sentimos que a sociedade nos vê, não como educadores e como pessoas que levam o futuro do país para a frente, mas como pessoas que tomam conta de jovens. O Governo, pela forma como tem agido em relação à nossa classe, tem feito com que a opinião pública também tenha alterado a forma com encara o ensino", lamentou Joana Torre, professora de Inglês desde 1993.

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Ao longo das cerca de três décadas de ensino, muito mudou. Joana Torre aponta a "instabilidade" na carreira, que "tem sido cada vez maior", como um exemplo. Quando iniciei a profissão, tinha expectativas de progressão e de auferir um salário digno. A realidade é distinta. A progressão praticamente não existe. Ainda no outro dia encontrei um recibo de vencimento de há dez anos. É caricato: ganhava mais do que ganho agora. Isto tem um impacto terrível nas nossas vidas", contou a docente.

Joana Torre, que segura um cartaz com as palavras "a escola está em luto", acusa o Governo de não ouvir a classe. E vai mais além: "A escola pública está a morrer por estas políticas, por não nos ouvirem e por ignorarem o nosso papel. Temos turmas muito grandes e poucas condições [de trabalho]. Vamos dando o nosso melhor em condições que a maioria das pessoas nem imagina".

Se pudesse descrever atualmente a escola pública, Helena Teixeira também não tem dúvidas: "Está nos cuidados intensivos". A professora justifica: "Para mim, que dou aulas há 26 anos, esta carreira mudou muito. Nas salas de aulas e no material que tínhamos para trabalhar. Chegamos a trazer papel para a escola. Eu compro lápis de cor e marcadores para os meus alunos. Quando comecei a trabalhar, havia materiais e salas com bancadas".


Enquanto mãe, Helena Teixeira diz-se "muito preocupada" com a falta de professores. "Tenho um filho no sexto ano na escola pública e pergunto-me quanto é que ele vai voltar a ter português e matemática. Os professores adoeceram e não conseguem substituí-los porque, neste momento, ninguém querem ser professores. Os professores estão fartos", referiu.

Para Helena Teixeira, a solução passa por "dar estabilidade aos professores". "Não se pode ser itinerante durante 20 anos. Não somos trabalhadores de circo, não temos de andar com a casa às costas Isto tem de acabar. Nenhuma empresa pode contratar durante 20 anos a mesma pessoa. O Estado pode. Porquê?", questionou.


Tânia Santos, docente de português e espanhol, recusa a ideia de falta de professores no país. "Há muita gente que desistiu de ser professor. Se os governantes nos dessem dignidade e condições justas de trabalho, de certeza que muitos colegas que terminaram o curso comigo, voltariam à profissão", notou.

A professora faz parte do leque de docentes contratados. Já esteve deslocada em Lisboa e metade do salário destinava-se apenas à renda e às despesas com deslocações. "Fora as despesas na nossa casa base. Um juiz e um deputado, se vão para fora, têm ajudas de custo", sublinhou Tânia Santos, sem esconder que a "instabilidade" na colocação ano após ano lhe traz também "instabilidade emocional no mês de setembro".


A docente aderiu à greve pela defesa de "uma escola pública de qualidade". Luta não só pela valorização da carreira docente, mas também pela melhoria das condições em que os alunos têm aulas. "Na Escola Pires de Lima, dou-vos o exemplo de uma sala de aulas que tem a companhia de quatro baldes que estão sempre cheios de água. Há imensa humidade e os alunos têm frio. Não há condições. Prejudica os professores e os alunos. Nós também estamos aqui por eles. São o nosso futuro", revelou a professora de Português e Espanhol, que trabalha em situação precária há 15 anos.
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