No privado, três quartos dos alunos que acabaram o Secundário em 2021 tiveram 18 ou mais nas disciplinas sem exame. No público, foram metade. Fenómeno acentuou-se em 2020 e 2021.
As notas internas dos alunos que terminam o Secundário aumentaram nos últimos quatro anos letivos, em particular em 2020 e 2021, quando as regras foram alteradas, com uma maior concentração de alunos nas classificações mais altas. Num fenómeno transversal a todo o país, mas mais acentuado no Norte litoral e nas escolas privadas. E com disparidades substanciais na distribuição de notas consoante a disciplina esteja ou não sujeita a exame nacional. Dados que acompanham a proposta do Governo de ter, pelo menos, três exames para acesso ao Superior e de estes valerem, no mínimo, 50%.
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"A ideia de que é uma questão circunscrita é desmentida pelos dados. A competição pelas notas é de um grande número de alunos, é um fenómeno disseminado", explica, ao JN, o secretário de Estado do Ensino Superior. Cujo Ministério foi analisar as classificações no Ensino Secundário. Apurando que, em 2021, 34,3% dos estudantes terminaram o Secundário com nota igual ou superior a 18 valores, contra 25,6% em 2020. Tendo 18 valores sido a classificação atribuída com mais frequência (dados de cinco disciplinas, faltando de quatro bienais), contra 16 em 2020.