Cerca de 500 apoiantes do partido Chega manifestaram-se esta sexta-feira, na Praça do Giraldo, em Évora, contra o discurso antirracista, depois de uma marcha que teve início no Portal da Lagoa.
Enquanto entoavam o Hino, gritavam "Portugal" e "contra a corrupção, racismo é distração", apoiantes da "concentração pela Liberdade", cantaram "Grândola Vila Morena", de Zeca Afonso.
Aos seus apoiantes, André Ventura afirmou: "Évora também é nossa" e "há uns que andam a trabalhar para que outros não façam nada".
As duas manifestações estiveram separadas por uma barreira anti-motim e elementos da PSP.
Enquanto esperava por André Ventura, Sofia Seabra Dinis, "militante do Chega desde o início", explicava ao JN, que a escolha de Évora para a II convenção do Chega, tem como principal objetivo "cativar Évora". Sobre a manifestação ocorrer ao mesmo tempo que a "concentração pela Liberdade", a empresária esperava que "corresse bem".
Para Luís Filipe Graça, assessor do partido, o Chega "não pode estar apenas nas redes sociais. Mas também tem de estar na rua. Temos de chamar as pessoas para a política".
Sobre a concentração pela Liberdade, "não entendemos como é que as autoridades e em especial o presidente da Câmara Municipal de Évora, autorizou a manifestação para o mesmo dia".
Este "encontro" na praça terminou pouco depois das 21 horas, quando os últimos apoiantes do Chega deixaram o local e, do outro lado, os participantes pela "Liberdade" também acabaram por desmobilizar.