A ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou esta segunda-feira que o país está "preparado para o regresso às aulas" e que o mesmo é "essencial para as crianças".
A ministra referiu que a reunião do Infarmed com especialistas e políticos, no Porto, para discutir a situação da pandemia, foi "muito importante", porque "permitiu fazer um ponto de situação da pandemia no nosso país nos últimos 60 dias". A reunião serviu ainda para veicular duas mensagens de esperança, que passam pela app Stayaway Covid e pela estratégia de aquisição de vacinas.
Sobre o regresso às aulas, Marta Temido afirmou que o país está "preparado". "Estamos a preparar com segurança o regresso das atividades escolares. Este regresso é essencial para as crianças e isso exige que a retoma se faça com um conjunto de atividades e todos os aspetos foram hoje discutidos. Este é um processo que vai contar com o que é a nossa aprendizagem", explicou. "Temos mais meios, mais experiência, mais conhecimento, embora seja um contexto de grande exigência e contamos com todos para a resposta".
Sobre os lares, a ministra referiu que "a proteção dos mais vulneráveis tem estado no centro das atenções" e que se vai "continuar a investir nos testes rápidos". "Há um dever de guarda que incumbe às estruturas que abrem as suas portas para receber estas pessoas e depois há o dever do Estado de protegê-las", acrescentou. "Precisamos de continuar a investir nas soluções que já encontramos e torná-las mais rápidas".
Marta Temido relembrou ainda a importância dos cuidados de saúde primários, que "depois da fase aguda em março e abril, tiveram um papel muito importante, sobretudo nas áreas mais afetadas". "Foram esses que garantiram que havia locais para onde os doentes com covid se podiam dirigir. Foram esses que garantiram o atendimento telefónico e as vigilâncias ativas. Sabemos que fazer hoje uma consulta exige mais tempo e isso torna os movimentos mais lentos. Mas vamos intensificar as respostas e conseguir dar resposta às famílias", garantiu.
Já o ministro da Educação referiu que a reunião "para reafirmar a importância de entender que a experiência que se teve no sistema educativo vai ser fundamental no regresso às aulas".
Tiago Brandão Rodrigues disse ainda que "as escolas, juntamente com as autoridades de Saúde, podem fazer a gestão dos casos ativos, dos casos suspeitos e dos surtos". "As escolas estão a fazer o seu trabalho. Tenho a certeza que estão a fazer tudo para aumentar a confiança dos alunos e dos pais", assegurou, acrescentando que as famílias devem saber que há uma "experiência acumulada ao longo deste período que correu muito bem".
"O que nós queremos é que as crianças estejam na escola e é para isso que vamos trabalhar. Se as atividades letivas presenciais forem interrompidas, terão de o ser no menor espaço e no menor tempo possível. Estamos a trabalhar num enorme projeto nacional para a digitalização da escola", anunciou o ministro da Educação.