Zona histórica da cidade tem sido uma das mais procuradas pelos jovens. PSP garante fazer operações para dispersar ajuntamentos.
A movida da cidade do Porto parece já ter voltado à normalidade, com a clientela a ignorar, quase por completo, os perigos de contágio. Este fim de semana, as enchentes de gente a beber e a dançar na rua, pela madrugada dentro, voltaram à Invicta sem grande preocupação com o cumprimento das normas de segurança ou de distanciamento social. As zonas mais críticas são as Galerias de Paris e toda a envolvente dos jardins da Cordoaria, que concentram centenas de pessoas.
As esplanadas estavam cheias e, por isso, as bebidas eram consumidas onde havia espaço. Na Rua das Galerias de Paris, uma das mais concorridas, uma banda animava o espírito e os grupos de pessoas, praticamente todas sem máscara, que dançavam aparentemente alheias ao perigo de contágio.
Confrontada com a situação pelo JN, a PSP do Porto admitiu ter conhecimento dos ajuntamentos noturnos, acrescentando que tem realizado operações no sentido de dispersar os aglomerados, que também acontecem durante o dia na zona ribeirinha.
Polícia não intimida
O que se constata é que a pressão policial parece não surtir efeito duradouro. Junto aos bares da zona do jardim da Cordoaria, nem a presença de três carros da Polícia Municipal intimidava, este fim de semana, os grupos que ali descontraidamente conviviam.
À falta de discotecas, um grupo de jovens utilizava duas colunas de som para animar a noite junto ao coreto do jardim. À volta, rapazes e raparigas dançavam, juntos e de copos na mão.
Mesmo depois da hora de fecho dos bares, a multidão resiste. Continuam a beber na rua, no registo de "botellón", incomodando comerciantes e moradores, como denuncia, na sua página de Facebook, António Fonseca, presidente da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto.