O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê para este domingo temperaturas acima dos 30 graus na generalidade do território do continente, com o Alentejo e o Ribatejo a atingirem valores mais elevados, que poderão chegar aos 40 graus.
Ângela Lourenço, meteorologista de serviço no Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), disse à Lusa que o tempo vai continuar quente, com céu em geral limpo e o vento a soprar do quadrante leste, por vezes mais intenso nas terras altas, em especial no período da manhã e ao final do dia.
"Vamos continuar com o tempo quente que se tem registado nos últimos dias, com o vento a soprar do quadrante leste, pouca nebulosidade, ou mesmo nenhuma, e, em termos de temperaturas, vamos ter temperaturas acima de 30 graus na generalidade do território, com valores ente 35 e 40 graus em muitos locais do interior", disse.
Segundo a previsão do IPMA, o Alentejo e a região do Ribatejo serão as que terão temperaturas mais elevadas, esperando-se para Lisboa e Porto uma temperatura máxima de 34 graus, com Faro, "um pouco mais fresco", a poder chegar aos 28 graus.
"Esta situação de tempo quente irá continuar nos próximos dias, pelo menos até terça-feira", disse Ângela Lourenço.
Portugal tem este domingo 13 distritos a norte do Tejo e o de Portalegre em estado de alerta a devido à previsão de aumento da temperatura e do vento, e redução da humidade relativa.
Além de Portalegre, a medida abrange os distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
Face às previsões adversas, a Proteção Civil acionou para os mesmos distritos o estado especial de alerta laranja, o segundo mais grave numa escala de quatro.
Os restantes quatro distritos do continente, Setúbal, Évora, Beja e Faro, estão em estado de alerta especial amarelo.
Face a este quadro, a Proteção Civil espera um "aumento gradual do risco de incêndio em especial nas regiões Norte e Centro", e um "aumento da dificuldade de supressão dos incêndios rurais".
De acordo com a declaração da situação de alerta decretado pelo Governo, é "proibido o acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, previamente definidos nos planos municipais de defesa da floresta contra incêndios, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais que os atravessam".
É também proibido realizar "queimadas e queimas de sobrantes de exploração", utilizar fogo de artifício, estando "suspensas as autorizações que tenham sido emitidas nos distritos" em alerta laranja.
"Tolerância zero ao uso do fogo", avisou a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, ao anunciar a decisão do Governo, na sexta-feira, lembrando que as proibições e restrições abrangem também "trabalhos nos espaços rurais e nos espaços florestais, sobretudo com maquinaria".