O Partido Social Liberal (PSL), do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, anunciou, esta terça-feira, a expulsão do deputado Alexandre Frota, que nos últimos meses se tornou um crítico do Governo.
Antes de se tornar deputado, Frota ganhou fama no Brasil quando trabalhou como ator de novelas e de filmes eróticos. Foi eleito pelo PSL para a câmara baixa parlamentar no ano passado, com 155 mil votos no estado de São Paulo.
Frota teve uma participação ativa na campanha presidencial de Bolsonaro, mas nos últimos meses passou a discordar de muitas iniciativas propostas pelo Governo.
Numa entrevista recente, Frota declarou estar "desapontado" com o Presidente brasileiro.
"Eu conheço dois Bolsonaros. Um era meu amigo até ao dia da eleição. O outro é agora Presidente. [Sobre este segundo] prefiro não comentar", disse o deputado.
Frota também criticou o PSL, partido no qual ingressou em meados do ano passado quase às vésperas da campanha eleitoral.
"Desde o início o PSL foi esquecido pelo Governo [Bolsonaro] e não fez nada em relação a isto, agora [o partido] está numa fase de divisão total", disse há duas semanas.
Depois de tantas declarações polémicas, alguns deputados do PSL solicitaram a expulsão de Frota, pedido que foi acatado pelos membros da direção nacional do partido esta terça-feira.
O deputado absteve-se de comentar a decisão do PSL, mas já na semana passada, diante da possibilidade de ser expulso, adiantou ter recebido convites para se filiar noutros partidos políticos.
"Fico feliz por saber que tenho as portas abertas em outros partidos porque isso significa que não estou a fazer coisas erradas", disse.