O primeiro-ministro, António Costa, assegurou que o Governo tudo "tem feito para que a greve não se concretize".
"Não daremos passos que agravem o conflito, mas não deixaremos de dar os passos necessários para evitar que o conflito tenha consequências inaceitáveis", explicou aos jornalistas.
"Se houver greve, se não forem cumpridos os serviços mínimos, adotaremos as medidas necessárias", garantiu.
Adotaremos as medidas necessárias", frisou, no final da reunião de emergência de hoje, destinada a coordenar a resposta do Governo face aos efeitos da greve dos motoristas. "Estamos em condições de dar a resposta possível" em qualquer cenário, repetiu.
"Só avançaremos para passos subsequentes se, quando e na medida em que seja estritamente necessário", ressalvou António Costa, esperando que "ainda seja possível ultrapassar o conflito".
"Tudo temos feito para evitar que a greve se concretize", garantiu. Se tal não acontecer, "tudo está previsto para que, na hipótese de avançar a greve e não serem respeitados os serviços mínimos, o Estado tenha condições para assegurar a autoridade democrática e o cumprimento da lei", asseverou.
"Um Governo responsável tem de se preparar para o pior", realçou o primeiro-ministro, que hoje se reuniu em São Bento com os ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, da Administração Interna, Eduardo Cabrita, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, e do Ambiente e Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes.
Admitindo as "graves consequências" que a greve dos motoristas terá para a população portuguesa, o primeiro-ministro disse esperar que os serviços mínimos decretados pelo Governo "sejam cumpridos caso a greve se venha a verificar", considerando que esses serviços mínimos foram definidos "de forma equilibrada" e "respeitando o direito à greve", mas com a consciência de que "não há direitos absolutos" e de que "ao Governo cabe assegurar os direitos dos portugueses".
António Costa apelou ainda ao "civismo" e à "maturidade" dos portugueses. O Governo decretou serviços mínimos para a greve, entre 50% e 100%, depois de os sindicatos e a associação patronal não terem chegado a acordo.