Os donos das empresas de camionagem "continuam a não cumprir as promessas e a ultrapassar tudo aquilo que é legal e nós não aceitamos isto".
As promessas feitas em maio pelos patrões das empresas de camionagem não foram cumpridas pelo que os motoristas do transporte de matérias perigosas, como gasolina e gasóleo e outros materiais tóxicos, estão outra vez a ponderar fazer uma nova paralisação nacional no final de julho, como a que já aconteceu em abril e deixou muitos postos de combustíveis vazios em todo o país, declaram este sábado os representantes dos dois sindicatos de camionistas, reunidos em Santarém.
Em declarações à SIC Notícias, à margem do I Congresso Nacional de Motoristas, que decorre este sábado em Santarém, Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), atacou os empregadores do setor, acusando-os de não terem cumprido as "promessas" feitas no pré-acordo de maio, que permitiu desanuviar um pouco a situação.
Os patrões, representados pela ANTRAM - Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários, "aceitaram que havia um problema que tinha de ser resolvido, mas depois fazem promessas e continuam a não cumprir as promessas e a ultrapassar tudo aquilo que é legal e nós não aceitamos isto", disse Pardal Henriques, acenando com uma nova greve de camionistas no final de julho.