Do lado do Movimento Rui Moreira, André Noronha sublinhou que há responsabilidades que pertencem ao Estado e que, por isso, o Ministério da Saúde tem de ser convocado para esta "luta".
"Este é um problema de saúde pública e as Organizações Não Governamentais já não têm capacidade para dar resposta. Esta iniciativa [do Município] não é a solução de todos os problemas", disse o deputado.
Para o deputado Gustavo Pimenta, do Partido Socialista, apesar do trabalho que a Câmara Municipal tem feito nesta matéria, a recomendação dos socialistas "tem em conta que o Ministério da Saúde não tem tido capacidade para dar resposta" a esta questão. Ainda assim, as Câmaras devem liderar e promover este processo para que este possa avançar, acrescentou.
Apesar da sintonia neste tema, os partidos mostraram discordância no que diz respeito ao número de unidades, à tipologia (se devem ser fixas, móveis ou ambas) e à localização das salas de chuto.
Do lado do PSD, a tipologia e localização das unidades de consumo de drogas assistido deve ser proposto por técnicos, com base nos estudos já realizados. Da assembleia deve sair uma posição política, reiteram os sociais-democratas.
Já a CDU considera que as propostas específicas podem ser feitas em sede de Assembleia já que seriam apresentadas com base nos estudos já realizados. Susana Constante, do Bloco de Esquerda, lembrou que uma posição técnica é também uma posição política porque "deriva do estudo" já realizado.