O vereador do ambiente anunciou, na tarde desta terça-feira, que a Câmara vai recolher os cães assilvestrados. Segundo Correia Pinto, há cerca de 80 em todo o concelho, muitos deles em matilha.
Embora não tenha avançado com uma data, Correia Pinto prevê que a medida arranque ao longo deste ano. No final da reunião do executivo, explicou aos jornalistas que, depois de capturados e tratados, os cães ficarão a viver em instalações que vão ser construídas em Santa Cruz do Bispo, uma vez que não podem ser adotados.
O anúncio foi feito na sequência da aprovação de um protocolo que a Autarquia vai celebrar com as associações de defesa dos animais de Matosinhos - Midas, Animais de Rua, Miacis e Causa de Caudas - com vista ao tratamento e controlo dos gatos que vivem em colónias, no âmbito da aplicação da portaria n.º 146/2017. acordo será assinado no final deste mês e vai permitir, para já, tratar 300 dos cerca de 800 gatos em liberdade.
Correia Pinto também anunciou que a Câmara vai ceder um terreno em Custóias para a Sociedade Protetora dos Animais construir um espaço de recolha de cães e gatos.
Piscinas de Leça
Na reunião, em que foram ainda aprovadas as contas relativas ao ano de 2018 e a reorganização dos serviços municipais, os vereadores deram aval à adjudicação da obra de conservação e manutenção das Piscinas de Marés, de Álvaro Siza, em Leça da Palmeira. A propósito, o vereador da cultura, Fernando Rocha, referiu que será instalado um andaime para que qualquer pessoa possa acompanhar os trabalhos a partir de cima e em segurança.
As piscinas entram em obra brevemente e durante época balnear que se avizinha estarão fechadas ao público. Por seu turno, a da Quinta da Conceição está prestes a reabrir, depois de uma intervenção de requalificação.
Apesar de ser considerada pertinente, a sugestão dada pelo vereador independente António Parada, no sentido de se adiar a intervenção nas Piscinas de Marés até que se conheçam todos os impactos da ampliação do quebra-mar de Leixões, não foi acatada pelo executivo. "A informação que temos é que [no equipamento] esses impactos não se farão sentir", referiu aos jornalistas Fernando Rocha.
O vereador da cultura acrescentou que é "preferível preservar o património" e reabrir a estrutura em 2020, em vez de esperar pela obra no porto, pois "a degradação ia acelerar-se" de forma ainda mais gravosa.
Os principais problemas das piscinas, inauguradas em 1966 e classificadas como monumento nacional em 2011 (pelo mesmo decreto, também a Casa de Chá da Boa Nova, outra obra de Siza) estão ao nível do betão armado, do tanque principal e de um conjunto alargado de infraestruturas, como o sistema de filtragem, que será todo substituído por tecnologia avançada.