Os centros de orientação de doentes urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) recebem, por ano, cerca de 20 mil chamadas falsas que originam o acionamento de perto de 7500 meios.
Ambulâncias, viaturas médicas, motos e até helicópteros são frequentemente mobilizados para ocorrências que não existem e deixam, assim, de estar disponíveis para o socorro. As chamadas falsas, bem como as "falsas emergências", continuam a ser uma "preocupação". Até porque a atividade do INEM não pára de aumentar: em 2018, deu resposta a mais 50 mil emergências do que no ano anterior.
O último caso com relevância ocorreu na noite de Natal. Uma chamada para o 112 dava conta de um "gravíssimo" acidente de viação, com feridos graves e encarcerados, na Póvoa de Lanhoso. O INEM acionou bombeiros e meios próprios, além de duas viaturas médicas de emergência e reanimação. No total, foram mobilizados 36 operacionais (incluindo autoridades) que só perceberam que se tratava de um falso alerta quando chegaram ao local. Cerca de um mês depois, a GNR identificou o presumível autor da chamada, um jovem de 21 anos, que incorre num crime punível com prisão até um ano ou 120 dias de multa.