Pelo menos 21 pessoas morreram nos Estados Unidos em consequência da vaga de frio polar que afeta o norte do país desde terça-feira e que hoje começou a abrandar, depois de sucessivos recordes de temperaturas mínimas.
A maioria das mortes registou-se na região central e médio oeste do norte, que abrange os estados do Michigan, Illinois, Iowa, Ohio, Minesota e Wisconsin, e ficou a dever-se sobretudo a acidentes de tráfego em estradas cobertas de gelo ou de neve.
Além dos mortos, segundo o New York Times, registaram-se dezenas de casos de congelamento das extremidades, especialmente entre pessoas sem-abrigo.
Só um dos hospitais de Chicago (Illinois) tratou de cerca de 50 casos de congelamento, alguns dos quais obrigaram a amputações.
O Serviço Nacional de Meteorologia (National Weather Service, NWS) norte-americano prevê a deslocação para leste da massa de frio polar, o que provocará um aumento da temperatura para valores acima dos zero graus, a partir de domingo, em muitas das zonas que registaram temperaturas abaixo dos 30 graus celsius negativos.
Rockford, no Illinois, que na quinta-feira de manhã registou um mínimo histórico de -35ºC, tem uma previsão de 10ºC para segunda-feira.
As temperaturas devem manter-se acima do ponto de congelação durante vários dias, mas o NWS adverte que, a partir de quarta-feira, uma outra massa de frio polar deve posicionar-se sobre o centro e oeste dos Estados Unidos.
A rápida subida das temperaturas e a previsão de chuva preocupam as autoridades locais, que receiam que a neve e o gelo acumulados nos últimos dias derretam e provoquem inundações ou levem ao rebentamento de condutas e canalizações de água.
A vaga de frio polar dos últimos dias levou os termómetros a registar mínimos históricos de -53ºC no Minnesota, -51ºC no Wisconsin, -50ºC no Iowa e -48ºC no Illinois.
O frio extremo congelou parte das célebres cataratas do Niágara, na fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá, e perto de metade dos Grandes Lagos ficou coberta de gelo.