Portugal continental estava, no final de dezembro, em seca meteorológica fraca a sul do Tejo devido aos baixos valores de precipitação registados naquele mês, classificado como quente e muito seco, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
De acordo com índice meteorológico de seca (PDSI) disponível no site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a 31 de dezembro, 53,3% do território estava na classe de seca fraca, 13,7% na classe normal e 33% na classe de chuva fraca.
Segundo o Boletim Climatológico do IPMA, o mês de dezembro em Portugal Continental classificou-se como quente em relação à temperatura do ar e muito seco em relação à precipitação.
O valor médio da temperatura média do ar (10,58 graus Celsius) foi superior ao normal, tendo sido o 3.º mais alto desde 2000. O IPMA indica também que valores da temperatura média superiores aos registados a dezembro de 2018 ocorreram em cerca de 20% dos anos, desde 1931.
"O valor médio da temperatura máxima do ar, 15,21 graus, foi superior ao normal, tendo sido o 3.º valor mais alto desde 1931 (maiores valores em 2015 e 2016)", é referido no Boletim.
No que diz respeito ao valor médio da temperatura mínima do ar, foi de 5,96 graus, valor muito próximo do normal.
No boletim, é também referido que a partir de 24 de dezembro os valores da temperatura mínima estiveram sempre abaixo do valor médio.
O menor valor da temperatura mínima em dezembro foi registado no dia 31 em Chaves, distrito de Vila Real com -2,8 graus Celsius, e o maior valor da máxima no dia 10 em Aljezur, distrito de Faro com 24,7 graus.
Quanto à chuva, o IPMA refere que o "valor médio da quantidade de precipitação, 54,0 milímetros, corresponde a cerca de 37% do valor normal. "Os valores da quantidade de precipitação inferiores aos agora registados ocorreram em cerca de 20% dos anos (desde 1931)", lê-se.
O IPMA destaca que nos últimos oito anos, o valor de precipitação mensal em dezembro foi sempre inferior ao normal.