Um helicóptero do INEM aterrou, sábado à noite, no campo de futebol do Cova da Piedade por falta de iluminação no heliporto do Hospital Garcia de Orta, em Almada.
O aparelho de emergência médica transportava uma doente crítica, de 72 anos, proveniente do Hospital de Évora, para o Garcia de Orta, em Almada.
No entanto, o facto de o heliporto do hospital de destino não estar devidamente certificado para operação noturna levou o comandante do aparelho a pedir autorização para aterrar no local alternativo mais próximo.
Neste caso, o héli do INEM aterrou no campo de futebol do Clube Desportivo Cova da Piedade, a cerca de três quilómetros. A doente crítica foi depois transportada de ambulância até ao hospital, acompanhada pela equipa médica do héli.
As imagens da aterragem foram partilhadas pelo clube na sua página da rede social Facebook com a indicação de que "o INEM pediu autorização" para aterrar no estádio "devido ao facto de durante a noite o heliporto do Hospital Garcia de Orta não ter iluminação".
Contactada pelo JN, fonte oficial do INEM explicou que esta não é a primeira vez que um procedimento deste género ocorre.
"Quando os heliportos hospitalares não podem ser utilizados em missões de emergência médica, os comandantes das aeronaves, que são quadros da empresa contratada pelo INEM, procuram o local alternativo mais próximo para aterrar os helicópteros. Os doentes são, nestes casos, transferidos de ambulância até ao hospital, sempre com acompanhamento da equipa médica do helicóptero do INEM", explicou a fonte do INEM ao JN.
"O INEM não tem qualquer interferência na decisão de aterrar ou não a aeronave, que compete exclusivamente ao comandante", acrescentou, revelando que "os heliportos são infraestruturas da responsabilidade das Unidades Hospitalares".
Quanto às "questões relacionadas com a certificação/utilização dos heliportos, são responsabilidade da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC)", concluiu.