O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu não acolher o pedido de suspensão provisória do processo para os três ex-secretários de Estado e o ex-assessor do primeiro-ministro que foram constituídos arguidos, no âmbito do chamado caso Euro 2016.
Os ex-secretários de Estado do Governo de Costa, Rocha Andrade, João Vasconcelos e Jorge Costa Oliveira, e o ex-assessor do primeiro-ministro, Vitor Escária, foram constituídos arguidos pelo crime de recebimento indevido de vantagem.
Em causa estão viagens de avião e bilhetes para ver jogos da Seleção Nacional do Euro2016, que custaram à Galp 1040 euros por pessoa, para os jogos da fase de grupos, e 1710 euros para a final. No total, a empresa investiu mais de 150 mil euros nestes convites, aprovados pela Comissão Executiva da Galp, por proposta da Área de Gestão da Marca do Gabinete da Presidência e da Comunicação do Grupo Galp.
A consequência será o prosseguimento da investigação e uma presumível acusação contra os ex-governantes, assim como contra Carlos Costa Pina (administrador da Galp e ex-secretário de Estado de José Sócrates), seis responsáveis da Galp e dois presidentes de Câmara, Álvaro Beijinha (Santiago do Cacém) e Nuno Mascarenhas (Sines).