O sistema informático dos centros de saúde registou anomalias na segunda-feira, que o Ministério da Saúde atribuiu, esta terça-feira, à fase de adaptação ao projeto Exames Sem Papel e à sua expansão.
Os Serviços Partilhados do Ministério assumiram, em resposta escrita a pedido de esclarecimento da Lusa, que "é normal registarem-se alguns impactos", como os que aconteceram na segunda-feira, "com alguma instabilidade verificada entre as nove e as 16 horas".
De acordo com a mesma fonte, apesar da utilização por mais de 10 mil utilizadores médicos, enfermeiros e outros profissionais, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde receberam apenas 80 pedidos de apoio.
"A situação foi ultrapassada", garantiu a fonte, acrescentando que, ao longo do dia, foram registadas centralmente cerca de 89 mil requisições, que corresponderam a mais de 250 mil exames, abrangendo cerca de 35.500 utentes.
"Os exames foram emitidos em mais de 1300 locais distintos (apenas cuidados de saúde primários) por cerca de 4800 médicos", lê-se na resposta enviada à Lusa.
Os serviços indicam ainda que estes números representam um aumento significativo nas prescrições de exames sem papel, que cresceram "cerca de 400% em relação ao mesmo período da semana anterior".
Este dado representa "mais de 14% do total diário de exames solicitados" nos centros de saúde. "Sublinha-se ainda que, ontem (segunda-feira), o uso dos sistemas de informação esteve praticamente inalterado", refere ainda a entidade.