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INFORMAÇÃO / DESPORTO => Secção Desporto => Futebol Nacional => Tópico iniciado por: henrike em 08 de Junho de 2017, 11:48

Título: 0 que renderam os retornados da Liga
Enviado por: henrike em 08 de Junho de 2017, 11:48
Análise aos jogadores internacionais regressados aos grandes provenientes do estrangeiro.
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O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, assumiu conversações por Fábio Coentrão. O lateral-esquerdo do Real Madrid pode tornar-se no nome mais sonante a regressar ao campeonato português neste verão.

Na memória recente está a contratação de Lazar Markovic, outro ex-benfiquista, que pouco rendeu no José Alvalade. Por outro lado, os adeptos leoninos sublinharão a última passagem de Nani pelo clube, para contrapor e argumentar a favor desta política.

Uma política que, aliás, é recorrente nos três emblemas mais representativos do futebol nacional. O FC Porto ainda esta temporada proporcionou o regresso de Óliver Torres e aquele que foi, para a maioria, o jogador mais influente da Liga é, também ele, um retornado: Pizzi.

Desde o início do século, o Sporting fez regressar 15 jogadores internacionais pelos seus países ao futebol português. O Benfica fez o mesmo com 14 e o FC Porto foi aquele que menos seguiu esta política.

Nos quadros que o Maisfutebol apresenta a seguir, há jogadores que não foram internacionais A, mas devido à projeção que já tinham no futebol português foram incluídos nesta análise.

Houve futebolistas que regressaram ao clube que tinham representado, outros para os rivais. Uns por empréstimo, outros a título definitivo.

O Sporting de 2000/01

Mário Jardel foi o regresso com mais impacto ao futebol nacional. Ausente de Portugal depois de conquistar o Dragão e viajar para a Turquia, SuperMário era o nome mais falado. Mesmo que não estivesse cá.

Trunfo eleitoral de um lado da 2ª Circular, acabou em Alvalade para uma primeira época única, que culminou com a conquista do último título do Sporting.


Jardel foi o único retornado dessa temporada de 2001/02, mas na anterior os verdes e brancos bateram o recorde do século. Foi logo a abrir, mas ainda assim um recorde. O Sporting trouxe de volta cinco jogadores, três deles internacionais por Portugal.

Sá Pinto voltou para onde tinha saído e a ele juntaram-se Paulo Bento, Dimas e ainda Hugo e Bruno Caires. Os dois primeiros acabaram por ser fundamentais, enquanto Hugo perdurou em Alvalade vários anos.

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Ora, o Benfica não promoveu tantos regressos em 2001/02, mas teve quatro internacionais a retornar à Liga. Argel tem apenas uma partida pelo Brasil, mas mesmo assim é mais uma do que uma multidão de gente.

A juntar ao brasileiro, vieram Marco Caneira, Zahovic e Simão Sabrosa. Estes dois últimos configuraram-se como reforços de peso da equipa encarnada: o português é uma das maiores figuras do clube depois de 2000 para cá.

Depois do regresso de Dani, que durou um instante, o retorno de Zahovic e Simão significou um claro acréscimo de qualidade àquele Benfica.

Nessa mesma época de 2001/02, chegou ao FC Porto um regressado, não à Liga, mas ao futebol português e que iria ter um impacto tremendo na história azul e branca: Mário Silva veio do Nantes nessa temporada, mas estamos a falar de Costinha, claro.

Titulares no Benfica e aquele que no FC Porto rendeu por um passe

Quando se olha o rendimento destes internacionais retornados à Liga via grandes, percebe-se que os que o fizeram no Benfica foram quase todos titulares. Ou pelo menos faziam parte das opções válidas dos treinadores.

Dani, já falado, Eduardo e Sílvio são os casos de menor rendimento, na comparação com os outros. Derlei junta-se-lhes, apesar de nunca ter sido internacional.

Rui Costa e Nuno Gomes foram os nomes mais sonantes a voltarem no período pós-Simão. E se o maestro ainda foi a tempo de emprestar alguma classe à equipa em duas temporadas, o avançado foi um dos protagonistas desses anos.

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Carlos Martins e Eliseu tiveram um aproveitamento mais do que positivo, mas os principais regressos da década em curso são os de Eduardo Toto Salvio e Pizzi: influentes na conquista do tetracampeonato, apesar das lesões do argentino.

A mudança de Hugo Leal, do PSG para o FC Porto, não trouxe muitas alegrias ao médio. O internacional português depressa mudou de ares e, por exemplo, está no plano oposto de Lucho Gonzalez.

O argentino também voltou de França, mas para ser campeão e um dos jogadores mais decisivos do FC Porto. Como fora antes, já agora.

Curiosamente, uma época depois, o Dragão virou-se para Liedson. O Levezinho voltou para fazer apenas sete jogos, poucas vezes foi opção para Vítor Pereira, mas qualquer portista falará na importância do passe para Kelvin marcar ao Benfica e decidir o campeonato 2012/13.

O que voltou duas vezes e o que voltou três!

Benny McCarthy foi um jogador importantíssimo no FC Porto, que o fez voltar depois de um ano do sul-africano em Vigo. Hugo Viana passou pelo Sporting em 2004/05 para uma enorme temporada, que podia ter sido épica e acabou como tragédia grega, e o último e o futuro treinador portista foram dois retornados também eles.

No entanto, nenhum jogador fez o mesmo que Marco Caneira. O defesa formado no Sporting voltou a um grande do campeonato português em três ocasiões!

A primeira para o Benfica, em 2001/02, a segunda para o leão, em 2005/06, já como jogador do Valência. Marco Caneira regressaria uma terceira vez, a segunda para Alvalade, em 2008/09.

Perto ficou Ricardo Quaresma. A primeira passagem do internacional português pelo FC Porto não deixa margem para dúvidas: foi uma das estrelas da companhia. Tanto assim foi que saiu por muitos milhões e jogar por José Mourinho no Inter.

A segunda causou surpresa. Numa altura em que a carreira de Ricardo Quaresma parecia entrar no ocaso, o extremo português deixou o Al Ahli e voltou ao azuis e brancos. Não foi um regresso como o primeiro, embora para muitos Quaresma tenha sido mais vítima das opções de Julen Lopetegui do que dele próprio.

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O internacional português foi um dos 11 internacionais que voltaram a Portugal via FC Porto, embora o último jogador de relevo a fazê-lo ainda não tenha um único minuto com a camisola da seleção principal…de Espanha.

A qualidade de Óliver Torres e a importância que o espanhol tem no FC Porto dão a indicação de uma contratação com rendimento, ainda que os títulos não surjam.

Em Alvalade, depois do sucesso com Nani, um dos melhores jogadores da Liga em 2014/15, seguiram-se os regressos de João Pereira, Beto, Elias e Markovic.

Fábio Coentrão pode ser o próximo e mesmo depois de temporadas em que pouco participou em campo, espera-se em Alvalade que o rendimento do internacional português seja maior do que o daqueles que o antecedem.