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INFORMAÇÃO / DESPORTO => Secção Informação => Informação Internacional => Tópico iniciado por: Nelito em 18 de Abril de 2023, 19:16

Título: Deputado britânico acusa Governo de encobrir "ato de guerra" russo
Enviado por: Nelito em 18 de Abril de 2023, 19:16
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O deputado conservador britânico Tobias Ellwood, presidente da comissão parlamentar sobre Defesa, acusou esta terça-feira o Governo de ter encoberto e minimizado a seriedade de um possível "ato de guerra" russo contra um avião britânico em setembro.

Documentos secretos do Pentágono (Departamento de Defesa norte-americano) difundidos nas últimas semanas na sequência de uma fuga revelaram que um caça russo disparou sobre um avião britânico sobre o Mar Negro em 29 de setembro, e que o aparelho britânico esteve "perto de ser abatido".

Os documentos em questão indicaram que o piloto russo interpretou mal a informação de um operador de radar como luz verde para disparar, e que o míssil falhou o alvo devido a um problema técnico.

Um mês após o incidente, o Ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, disse no parlamento que um avião russo "lançou um míssil nas proximidades" de um avião britânico e descreveu o episódio como uma interação "potencialmente perigosa".

Numa pergunta urgente hoje na Câmara dos Comuns (câmara baixa do parlamento britânico), Ellwood argumentou que o incidente era mais grave do que o ministro admitiu, e descreveu-o como um possível "ato de guerra", cujos pormenores "deveriam ser publicados e não escondidos em relatórios dos serviços secretos".


O deputado conservador, que foi militar antes de entrar na política, questionou o Governo sobre se "um SU-27 (caça) russo tentou deliberadamente disparar um míssil contra um (avião) Rivet Joint da Força Aérea britânica sobre o Mar Negro em setembro passado".

Na ausência de Ben Wallace, que se encontra nos Estados Unidos, o secretário de Estado da Defesa, James Heappey, respondeu que o executivo não podia comentar os relatórios secretos veiculados nas redes sociais e nos meios de comunicação social.


"O facto de estes documentos aparentemente divulgados serem do domínio público não altera a sua classificação e, consequentemente, não altera a medida e a forma em que qualquer ministro e funcionário podem comentá-los", explicou Heappey.