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INFORMAÇÃO / DESPORTO => Secção Informação => Informação Internacional => Tópico iniciado por: Nelito em 08 de Abril de 2019, 06:55

Título: Arrisca prisão por ter chamado "cavalo" à mulher do ex-marido português
Enviado por: Nelito em 08 de Abril de 2019, 06:55
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Uma mulher britânica enfrenta possível pena de prisão e o pagamento de uma multa, no Dubai, depois de ter sido detida quando entrava com a filha no país. O motivo foi este: há três anos, insultou a nova mulher do ex-marido, cidadão português, nas redes sociais.

Um comentário malicioso no Facebook, em 2016, pode valer dois anos de prisão e/ou o pagamento de 58 mil euros a Laleh Sharavesh, cidadã britânica de 55 anos, que foi detida durante 12 horas depois de ter entrado no Dubai, na companhia da filha adolescente. Segundo o grupo "Detained In Dubai" (Detidos no Dubai), que está a representar a mulher, as autoridades acusaram-na de ter violado uma lei de cibercrime em 2016.

De acordo com a BBC, a detenção aconteceu a 10 de março quando Laleh viajou para o país, com vista a marcar presença nas cerimónias fúnebres do ex-marido e pai da filha, um cidadão português, que morreu de ataque cardíaco.

Laleh, que reside em Richmond, Inglaterra, foi casada durante 18 anos com Pedro, com quem chegou a viver por oito meses no Dubai, onde o português trabalhava, antes de regressar a Londres, em 2016. Dois meses depois, Pedro pediu o divórcio e passado pouco tempo voltou a casar com outra mulher.

Trocaste-me por este cavalo

Foi numa fotografia do novo casal publicada no Facebook, que a britânica atacou o ex-marido e a tunisina de 42 anos com quem tinha casado. "Espero que vás ao chão, seu idiota. Sacana. Trocaste-me por este cavalo", escreveu.

À luz da lei de crimes cibernéticos dos Emirados Árabes Unidos, uma pessoa pode ser multada ou presa por fazer declarações difamatórias nas redes sociais. Neste caso, mesmo tendo a publicação sido feita a partir do Reino Unido, Laleha pode ser punida, uma vez que a mulher do ex-marido de Shahravesh, que mora no Dubai, reportou os comentários.

A diretora executiva da "Detained in Dubai", Radha Stirling, disse à BBC que tanto a sua organização como o "Foreign and Commonwealth Office" (agência do governo britânico que protege e promove os interesses britânicos no mundo) pediram à queixosa que retirasse a acusação, mas a mulher recusou.

A decisão "parece bastante vingativa", acrescentou a responsável, adiantando que o passaporte da sua cliente, que diz estar "absolutamente perturbada", foi confiscado e que esta se encontra atualmente a morar num hotel, enquanto aguarda pelo julgamento.

A filha, que está a divulgar publicamente o caso da mãe, regressou no dia da detenção a Inglaterra.

Radha Stirling acrescentou que "ninguém está realmente ciente" da severidade das leis de cibercrime nos Emirados Árabes Unidos.