A França pediu, este domingo, o "fim imediato dos bombardeamentos" na Síria, numa referência aos ataques da Turquia contra as posições curdas, mas também à ofensiva lançada por Damasco e pelos seus aliados em todo o país.
Expressando "preocupação com a contínua deterioração da situação na região de Alepo e no norte da Síria", a França "apela ao fim imediato dos bombardeamentos, aqueles que são conduzidos pelo regime e pelos respetivos aliados em todo o país, e aqueles realizados pela Turquia nas zonas curdas", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, em comunicado.
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"A prioridade absoluta é a aplicação da declaração de Munique [proposta internacional para um cessar-fogo na Síria] e da resolução 2254 do Conselho de Segurança das Nações Unidas [que prevê o início de negociações de paz intra-sírias], e a luta contra o Daesh [acrónimo árabe do grupo extremista Estado Islâmico (EI)]", acrescentou a mesma nota informativa da diplomacia francesa.
As grandes potências internacionais envolvidas no dossiê sírio, nomeadamente a Rússia (aliada tradicional do regime sírio) e os Estados Unidos (apoiantes da oposição moderada síria), concluíram na quinta-feira na cidade alemã de Munique um acordo que prevê uma trégua na Síria dentro de uma semana.
Mas, a situação no terreno está a agravar-se todos os dias e está cada vez mais marcada pelo envolvimento de atores externos.
Pelo segundo dia consecutivo, o exército turco bombardeou com tiros de morteiro as posições curdas na região norte da Síria, nas imediações da cidade de Azaz, na província de Alepo.
Os Estados Unidos, aliados e parceiros da Turquia na NATO, bem como o Governo sírio, já condenaram estes bombardeamentos.