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INFORMAÇÃO / DESPORTO => Secção Informação => Informação Nacional => Tópico iniciado por: Nelito em 03 de Julho de 2017, 07:55

Título: Gestão política da Defesa causa mal-estar no Exército
Enviado por: Nelito em 03 de Julho de 2017, 07:55
(http://static.globalnoticias.pt/dn/image.aspx?brand=DN&type=generate&name=original&id=8608328&w=579&h=371&t=20170703002300)
Conselho Superior do Exército reúne hoje para discutir caso, em ambiente de tensão. Marcelo pediu ontem que "se investigue tudo"

A gestão política - quer as palavras do ministro, quer o silêncio do primeiro-ministro - do caso do roubo de material militar dos Paióis Nacionais de Tancos está a ser mal recebida por altas patentes do Exército. Fontes ouvidas pelo DN classificam como "despropositadas" algumas intervenções de Azeredo Lopes e contam que a exoneração dos cinco comandantes, das unidades com ligação direta aos paióis, está a ser lida como uma imposição da tutela ao chefe do Estado-Maior do Exército (CEME) para evitar, no imediato, consequências políticas para o próprio ministro. Um gesto que, sabe o DN, não foi nada bem recebido pelas chefias militares.

Para esta tarde está marcada uma reunião do Conselho Superior do Exército, o órgão máximo de consulta daquele ramo das Forças Armadas, onde têm assento o CEME, o vice-CEME e todos os generais de três estrelas do Exército. A reunião acontece em ambiente de tensão e alguma incompreensão pela gestão política que o governo tem vindo a fazer deste caso.

Certo é que o CEME, general Rovisco Duarte, disse domingo à RTP que não pensou em colocar o cargo à disposição. E o DN sabe que a tutela, enquanto espera pelo debate político - o CDS anunciou ontem ao final do dia que vai ser recebido hoje pelo Presidente da República para expor a "quebra grave da confiança nas instituições do Estado" que resultou dos casos de Tancos e de Pedrógão Grande - no Parlamento, vai continuar a aguardar pelos resultados dos inquéritos.