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A Comissão Europeia parece empenhada em promover todo o tipo de burocracias inconsequentes na internet.
Depois de ter treinado milhões de pessoas a clicar no OK de todos os popups que apareçam nos sites à custa dos cookies, vai agora treinar milhões de jovens e adolescentes a mentir (ainda mais) quanto à sua idade.
Segundo o Finantial Times, a partir de 2018 a União Europeia vai exigir que as redes sociais só permitam o registo de jovens com menos de 16 anos com a autorização dos pais.
Ora, se por um lado é fácil perceber a intenção de tal requisito, por outro lado será ainda mais fácil perceber que será algo impossível de fazer – e controlar.
Actualmente as redes sociais já especificam as idades mínimas para que um utilizador se registe.
Mas – tal como acontece em todos os sites “para adultos” – a verificação de idade limita-se a algo como marcar uma checkbox a dizer que se tem a idade regulamentar, ou a pedir uma data de nascimento que prontamente é preenchida com dados falsos para superar a validação.
A UE não explica como pretende que este controlo seja feito, dizendo apenas que as redes sociais deverão implementar “medidas razoáveis” para garantir que os jovens tenham a autorização dos pais.
Com a ameaça de multas sobre 4% das suas receitas, não deixa de ficar a sensação de que o objectivo é ter apenas mais uma fonte de receita para ir buscar alguns milhões às empresas tecnológicas sempre que for necessário amealhar mais alguns euros.