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SALA LAZER & CULTURA => Divertimento => Meditar => Tópico iniciado por: casconha em 30 de Outubro de 2013, 15:22

Título: Sentença proferida em 1587 no processo contra o prior de Trancoso
Enviado por: casconha em 30 de Outubro de 2013, 15:22


Parece que de lá para cá a coisa ainda é a mesma (ou quase)...

...que os pariu! O pior de tudo, é que é a mais pura verdade!



Assim começou o povoamento de Bahia...
Torre do Tombo é o local onde se guardam todos os documentos antigos.
Está situada em Lisboa, junto à Cidade Universitária.



Sentença de 1587, Trancoso,Portugal

Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Sentença proferida em 1587 no processo contra o prior de Trancoso.
(Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço 7)

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos,
esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou,
sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos;
de cinco irmãs teve dezoito filhas;
de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas;
de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas;
de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas;
dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas.
Total: duzentos e noventa e nove,
sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres".
Não satisfeito tal apetite, o malfadado prior, dormia ainda com um escravo adolescente de nome Joaquim Bento, que o acusou de abusar em seu vaso nefando noites seguidas quando não lá estavam as mulheres.
Acusam-lhe ainda dois ajudantes de missa, infantes menores que lhe foram obrigados a servir de pecados orais, completos e nefandos, pelos quais se culpam em defeso de seus vasos intocados, apesar da malícia exigente do malfadado prior.


[agora vem o inesperado:]
"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos dezessete dias do mês de Março de 1587,
com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e, em proveito de sua real fazenda, o condena ao degredo em terras de Santa Cruz, para onde segue a viver na vila da Baía de Salvador como colaborador de povoamento português.


El-rei ordena ainda guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".


Conclusão:
Fomos e continuamos a ser um país de bananas governado por sacanas
Título: Re: Sentença proferida em 1587 no processo contra o prior de Trancoso
Enviado por: Justiceiro em 21 de Novembro de 2013, 22:51
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