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INFORMAÇÃO / DESPORTO => Secção Informação => Informação Internacional => Tópico iniciado por: Nelito em 15 de Junho de 2019, 12:02
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Com menos de um ano de idade, Javier Darioux Mijalchuk foi separado dos pais, ativistas argentinos. Décadas mais tarde e com 40 anos, Javier reencontra-se com a família que nunca desistiu de o procurar.
Os pais de Javier Darroux Mijalchuck desapareceram em Buenos Aires quando este tinha apenas 4 meses. Após o desaparecimento, nunca mais se conheceu qualquer dado sobre o paradeiro. Javier acabou por ser adotado por uma família que, tal como ele, não sabia da sua verdadeira origem.
Anos mais tarde, o argentino começou a duvidar da sua verdadeira identidade. Foi então que entrou em contacto com a associação "Avós da Plaza de Mayo", para tentar encontrar alguém que o pudesse ajudar a localizar familiares. Felizmente para Javier, o seu tio, Roberto Mijalchuk, nunca desistiu do sobrinho e procurou a ajuda da associação, o que permitiu um reencontro.
O Neto 130 (como Javier ficou conhecido) pede ao povo argentino para que, tal como o tio, não perca a esperança de encontrar os familiares desaparecidos.
Javier com o tio Roberto Mijalchuk
Foto: Agustin Marcarian
O reencontro entre os dois foi um momento extremamente emocional que Javier descreveu à imprensa. "Foi o momento mais marcante da minha vida, abraçar o meu tio pela primeira vez. Após 40 anos à minha procura, ele encontrou-me e disse 'És tu Javi?' e abraçou-me como nunca ninguém me abraçou antes e nunca ninguém vai abraçar."
Estima-se que mais de 30 mil argentinos tenham sido assassinados por militares argentinos no período ditatorial. Javier recusa-se a desistir de descobrir mais sobre pais e o que realmente lhes aconteceu.
Histórias como as de Javier são comuns na Argentina. Em 1977, Estela de Carlotto e Delia Giovanola criaram uma organização que pretende reunir famílias e encontrar crianças adotadas ilegalmente durante o regime militar.
"Avós da Plaza de Mayo" são uma associação fundada em 1977 e tem como objetivo reunir crianças que, durante a ditadura argentina, foram separadas das famílias e adotadas ilegalmente.
Os esforços da associação já reuniram 130 famílias através do ADN presente nas suas bases de dados.