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INFORMAÇÃO / DESPORTO => Secção Informação => Informação Nacional => Tópico iniciado por: Nelito em 17 de Outubro de 2018, 10:58

Título: Brinquedos com químicos perigosos à venda em Portugal
Enviado por: Nelito em 17 de Outubro de 2018, 10:58
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A associação ambientalista Zero alertou, esta quarta-feira, que brinquedos e acessórios de cozinha e de cabelo feitos com plástico reciclado à venda em Portugal estão contaminados com substâncias tóxicas.

Uma guitarra de brincar analisada em Portugal apresentou, entre mais de 400 amostras, o valor mais alto de éteres difenílicos polibromados, substâncias usadas como retardadores de chamas, refere em comunicado a Zero, que participou no estudo, que abrangeu 18 países europeus.

Em 430 artigos analisado no total, cerca de um quarto continha químicos perigosos, indica a associação, que pede o fim do duplo critério da União Europeia que "permite que os plásticos reciclados possam conter concentrações mais elevadas de substâncias tóxicas do que os materiais virgens".

A Zero enviou para análise dois brinquedos e três acessórios de cabelo e todas as amostras tinham químicos tóxicos usados como retardadores de chamas associados aos resíduos eletrónicos, que "estão a chegar ao mercado português em produtos de consumo que incorporam material reciclado".

Se os produtos analisados em Portugal fossem feitos de plástico virgem, dois deles não respeitariam a legislação europeia para a concentração de químicos nesse material.

Os retardadores de chamas bromados afetam a função da tiróide e "causam problemas neurológicos e défice de atenção em crianças", afirma a Zero, acrescentando que costumam encontrar-se em resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos.

"Estão a contaminar produtos de consumo um pouco por toda a Europa através da reciclagem dos plásticos neles usados", refere a associação.

"É urgente que a UE legisle no sentido de proteger os cidadãos e promover uma economia circular não-tóxica", defende, indicando que os retardadores de chama bromados estão entre as substâncias mais tóxicas conhecidas e que "apenas a União Europeia e cinco países no mundo" admitem isenções para materiais reciclados que as contenham.